Do que Cristiano Ronaldo diz, apenas 4,25% é em espanhol

Espanhóis enamorados por Ronaldo consideram aprender português para começar a falar espanhol como ele

MADRID/MC – Os boatos sobre Cristiano Ronaldo não param de crescer, havendo mesmo quem acredite que Cristiano Ronaldo sabe falar espanhol. Também corre nas ruas de Madrid que quando Ronaldo entra em campo a relva curva-se e chora de emoção, mas segundo fonte realista, Ronaldo conseguiria correr pelas ruas de Madrid mais depressa que esse boato. Ao que o nosso jornal conseguiu apurar, alguns rumores são verdadeiros, como o facto de mais de cem por cento das mulheres em Madrid não se importarem de ir para a cama com o dinheiro de Cristiano ou que quando ele entra em qualquer sítio até a “tienda” abana. Em compensação outras coisas que se dizem são completamente falsas, como é o caso de ele saber cantar, saber manter namoradas ou de que tenha uma bota mais pesada que a outra. Se isto fosse verdade, ao correr, CR9 penderia para um lado, acabando fora das quatro linhas, rematando ao topo sul e marcando na careca de um adepto do Real.
Um dos boatos, pelo menos para já, é certo, sem Cristiano Ronaldo, até o Alcorcón ganha ao Real.

FREAKS, Diário de um comediante (mais ou menos) Gay – “Deus me ajude”

“Olhem, olhem… ali vem o maricas do meu pai, mais a bicha que vive com ele”, foi assim, ao som destas eloquentes, calorosas e sinceras palavras (gritadas a plenos pulmões), que o meu querido filho David, nos recebeu, a mim e à Cris, quando o fomos buscar à Instituição, onde a minha ex-mulher o deixou, pouco antes de ela fugir com a amante para parte incerta.
Sabes Hitch, eu tinha combinado com a Cris contar a verdade sobre nós os dois ao David mas… quando olhei para aquele pequeno homem, de olhos completamente esbugalhados e brilhantes, sinal de um mais que evidente orgulho, por ele fazer parte de uma família incrivelmente disfuncional, eu… simplesmente não tive coragem de o desapontar.
O rapaz tem passado por tanta coisa má nos últimos tempos, que achei melhor não privá-lo dessa transbordante alegria.
Já dentro do táxi da Cris, a caminho de casa, o meu filho começou a disparar inocentes e doces perguntas, tais como: “Vocês os dois esta noite vão fazer sexo? Quem fica por cima… alguém fica por cima? Posso ver?”. Felizmente para mim, ele fala tanto que nem dá tempo para eu responder (fez-me lembrar a mãe dele).
Quando chegámos a casa, o miúdo nem sequer quis saber da playstation que eu lhe comprei, não… ele queria era ver o meu quarto, e principalmente, a cama onde eu durmo com a Cris.
O puto olhou para mim, para cama, e depois voltou a olhar para mim com um ar tão sarcástico que eu quase lhe contei a verdade.
Sinceramente, Hitch, eu até nem sou muito religioso, mas palavra de honra que se o Saramago não tivesse dito que a Bíblia era um “manual de maus costumes”, juro-te que eu tinha comprado uma.
Sinto que preciso de ajuda divina, e Deus talvez seja o tipo ideal para isso.

Orgulho do Benfica já se vê do espaço

Do espaço, o orgulho benfiquista e o melão verde dos sportinguistas fazem Lisboa parecer uma melancia

ESPAÇO INTERESTELAR/MC – O peito inchado de goleadas dos benfiquistas já se vê a olho nu do espaço e a olho de fato-de-banho dos mares da Lua. A mancha vermelha que se concentra no nariz da Península Ibérica, “chega a parecer uma borbulha de adolescente prestes a rebentar”, disse ao nosso jornal fonte cósmica que ia a passar de cometa. Mas esta mancha promete ir hoje, juntar-se a uma mais pequena, também inchada e vermelha na deslocação do Benfica a Braga para um frente-a-frente entre o Bom Jesus de Braga e o Bom Jesus do Benfica. À nona jornada, Jesus sobe à Roma Portuguesa e segundo fonte casada mas admitida pela Igreja, deverá “começar por expulsar os vendilhões do estádio, dar um sermão aos jogadores e acabar com a multiplicação dos golos”.
Se o Benfica ganhar em Braga, ficará isolado no primeiro lugar e alguns benfiquistas mais inchados poderão mesmo começar a flutuar, podendo ser arrastados pelo vento para longe. Provando-se assim, que sempre que o país atravessa uma grave crise, o Benfica atravessa um momento feliz e os portugueses atravessam as fronteiras à procura de uma vida decente.

BRANCA

Enquanto Branca dormia, Baltazar olhou-a no seu modo muito particular de inspeccionar um corpo feminino. Reparou que Branca tinha uma testa alta, alta como uma bola de basquetebol, e então apeteceu-lhe dar palmadinhas na testa de Branca como se estivesse a dar palmadinhas numa bola de Basquetebol. Ficou algo decepcionado com o rosto, um rosto oval e sanhudo de mulher inteligente e determinada, onde se destacava um proeminente nariz e um queixo em formato de calçadeira. No entanto, era um rosto belo, porque, por vezes, aquilo que parece feio à distância é belo ao perto, já que quem olha só vê o que quer ver e Baltazar via determinação e inteligência naquele rosto, via um toldo para os lábios no nariz e no queixo uma camilha para a boca. Curiosamente, não via nada naquela boca, via uma coisa tão inexpressiva como uma boca-de-incêndio, mas pôs-se logo a magicar as funcionalidades de uma boca-de-incêndio e então pensou que aquela boca-de-incêndio podia ser uma boca-de-incêndio às avessas, um atear de fogos sem fim, uma explosiva e piromântica boca. Ocorreu-lhe então o que seria beijar uma boca daquelas, e viu os lábios dele a faiscarem nos lábios dela, ateando os seus dela longos cabelos, acendendo um lume que deixaria todo aquele rosto em chamas. Aqui, Baltazar travou o fogo-de-artifício da imaginação não fosse o rosto de Branca ficar carbonizado, o que lhe parecia desagradável para não dizermos outra coisa qualquer que agora nos escapa. Mas observou-lhe ainda as mamas enormes como melões, melões que lhe deram uma fome colossal, a ele que nem gostava de melão, e imaginou-se perdido naquele meloeiro como se fosse possível alguém perder-se num meloeiro assim como se perde num milheiral. Depois interrogou-se como seria o cu de Branca. Seria como duas melancias? Baltazar detestava melões e melancias, começou a ficar enjoado. Pensou que talvez o cu de Branca fosse como duas bolas de andebol juntinhas uma outra, duas bolas de futebol, vá lá, de basquetebol, sim, de basquetebol, um cu proporcional à testa e às mamas, um cu que garantiria o equilíbrio daquele corpo que alojava uma cabeça claramente equilibrada. Um grande corpo para uma grande cabeça. Estava ele imerso nestas atinentes fantasias quando Branca acordou, se levantou, sorriu para Baltazar e se voltou para ir fazer mais um chá. Estás a olhar para onde?, perguntou Branca. Para ti, respondeu Baltazar. Na verdade estava a olhar-lhe para o cu. E não gostou nada das abóboras que viu.

Avião de Lost sobrevive e despenha-se em Donas de Casa Desesperadas

Alguns argumentistas já se ofereceram para fazer de travesseiro nos flashbacks de Gabrielle e nem vão cobrar por isso

DESESPERADAMENTE PERDIDOSNC- Numa das próximas séries, o avião de Lost vai cair em Donas de Casa Desesperadas, revelando assim o desespero dos argumentistas desta última série, a esquizofrenia em doses imorais dos da primeira e o esquecimento durante a greve dos argumentistas de reivindicarem um seguro de saúde mais abrangente. O Indesmentível apurou que os argumentistas de Donas de Casa Desesperadas estão à beira de um ataque de nervos porque não conseguem deixar o trabalho no escritório. Aliás, quando chegam a casa ele até já lá está à sua espera, abre-lhes a porta e diz: “Olá querido, como foi o teu dia de trabalho hoje?” Mas isso não comove os argumentistas do Lost que, por seu lado, não estão muito satisfeitos e temem acumular uma depressão com a esquizofrenia, porque quem é que no seu juízo perfeito iria querer escrever um flashback da vida da Bree? Ou mesmo um flash forward da vida da Lynette?

A face oculta da sucata

Boas notícias para quem acredita que este país ainda pode piorar

Cláusula de salvaguarda: A minha vontade de rebentar com os tribunais à cabeçada é uma inexistência legal porque há muito que me divorciei da minha personalidade jurídica

COMENTÁRIO POR MAURO TRISTÃO/MC – Portugal não é efémero, um dia pode acabar e esse dia pode estar para breve, diz António Barreto. Detesto estes optimistas disfarçados de oráculos apocalípticos de barbicha. Tomara nós acabarmos. Sempre se resolvia parte do problema. A situação é bem pior que isso e basta ver o director-geral da Saúde a ser vacinado para perceber isso.
Todos sabemos que para resolver Portugal era necessário resolver os principais problemas que nos afligem: a Justiça, a Corrupção e o hábito que os portugueses têm de dizer “vai-se andando”. E digo era, porque há coisas neste país que nem que ele acabasse, elas acabariam. É o caso da Justiça onde o sociólogo António Barreto, embora perdoe aos juízes, propõe que as testemunhas rebentem com os tribunais depois de três horas de espera em vão. Aqui concordo com ele, apesar de achar três horas um tempo de espera excessivo para começar a partir tudo.
Desde que contei ao meu médico o que iria fazer a tribunal no primeiro processo que tive, ele voluntariamente passou-me um atestado que me impede sequer de estar perto de um juiz. Quando lhe expliquei como iria fazer para que o meritíssimo provasse um pouco da sua saborosa justiça, durante o prazo médio das sentenças no país, o meu médico não acreditou e perguntou-me se eu estava a falar a sério. Mas fiz-lhe provar um pouco da sua medicina com todos os efeitos secundários a condizer e ele percebeu de que m3rda estava eu a falar. Em compensação, por ordem do tribunal, não me posso sequer aproximar do meu médico.

Ex-ministros de Sócrates à venda no Ebay

Agora para ter um ex-ministro em casa ao lado das jarras do Lidl é só entrar no site do Ebay e fazer a melhor oferta

RESTOS DO GOVERNO/TBM – Agora já é possível ter um ex-ministro de Sócrates em sua casa. Pode juntá-lo ao perdigueiro, ao caniche ou ao podengo, colocá-lo numa gaiola rodeado de periquitos, ou contemplá-lo enquanto ele tenta acasalar com uma catatua sul-americana. Graças ao Ebay, sítio on-line onde tudo se compra e vende, adquirir a carcaça de um ex-ministro está agora à distância um clique. “Gostaria de ter a ex-ministra da educação Maria de Lurdes Rodrigues a descascar-me as batatas daqui a pouco tempo”, contou a’O Indesmentível uma professora primária de Sarrazola. Já Tó Zé, agricultor e travesti de Abrantes, quer ver Jaime Silva “a plantar grelos e batatas ao som do último álbum da Madonna” e a empresa de condomínios “DASSE” na Amadora, está a licitar Severiano Teixeira para porteiro de um prédio no Bairro 6 de Maio. Nunes Correia está a ser disputado por dois toxicodependentes da zona da Moita para que lhes recicle o lixo e isole as janelas da Ford Transit onde vivem há 3 anos. “Até que enfim alguém lhes vai dar alguma utilidade. Parabéns Ebay”, afirmou João Pardal, perito em Internet e outras cenas, enquanto enfardava um fofo de Belas e bebia um galão directo.

Pelo menos uma das empresas participadas pelo Estado não está a corromper como esperado

Ou corrompem ou saem de cima

PÊJOTA/TCC – A Polícia Judiciária desencadeou uma operação em tudo semelhante a uma colonoscopia a fim de apurar quais as empresas participadas pelo Estado que ainda não praticam crimes económicos.
Quando a investigação terminar, os gestores das empresas que ainda não pratiquem corrupção, branqueamento de capitais ou apropriação indevida de material de escritório ao nível, por exemplo, do post-it, poderão ser exonerados dos seus cargos, ou levar um valente tau-tau com uma lista telefónica.
O Indesmentível sabe que os gestores da REFER, REN, PT, Galp e EDP já estão livres de qualquer reprimenda, já que alegadamente corromperam bem e bonito, mas já a Estradas de Portugal está em sérios apuros, caso não comece a traficar influências rapidamente.
Um dos gestores da Estradas de Portugal declarou a’O Indesmentível que a culpa é da PJ que não investigou como devia, já que “É verdade que em matéria de corrupção estamos um pouco abaixo do orçamentado mas com as acessibilidades ao novo Aeroporto, esperamos ser corrompidos à grande e à angolana.”

“This is It” – Agora é que Hollywood vendeu a alma. A prestações de 5 euros

CONTRA PICADO/GF – A sensação que eu tive ao ver este filme foi a mesma de estar a tossir sangue, amarrado a uma cadeira de praia aquecida, de frente para uma televisão que passa a TVI, mais especificamente um programa do Manuel Luís Goucha, num cenário repleto de “zombies” de meia idade e cabelo armado que só batem palmas. Não é elegante as pessoas fazerem isto, mesmo que sejam o Pacheco Pereira e o façam diariamente, mas vou citar-me a mim mesmo. Há uns meses eu disse isto sobre a notícia (tão fresca na altura, como o cadáver do dito Michael Jackson) do lançamento deste mesmo documentário: “Fico honestamente feliz de ver que Hollywood está a ficar sem razão para fazer filmes. Espero ansioso pelo dia em que dirão… ‘acabou. Não temos mais razões para sugar dinheiro a esta gente e a Coca-Cola que andamos a beber já não nos ajuda a escrever coisas novas…’. Nesse dia o cinema comercial morrerá por falta de combustível. A não ser que morra outra celebridade que precise de ser beatificada depois de ameaçar atirar crianças pela janela.”

“Como nunca o viu antes” Como assim? Morto?

Agora que releio o que escrevi, gosto tanto que estou a pensar tatuar estas mesmas palavras nas costas. Pode ser que morra com uma infecção a meio do processo e façam um documentário sobre a minha vida. Sim, é assim tão fácil. Este documentário mostra duas coisas. Que os americanos estão cada vez mais parecidos com os Indianos do Bairro Alto nos seus esquemas para fazerem dinheiro rápido, e que são cínicos, hipócritas e calculistas. Espera, isso já se tinha percebido com a Guerra no Iraque. A única diferença aqui é que agora parecem adolescentes rebeldes com falta de dinheiro para tabaco e roubam dentro da sua própria casa. Michael Jackson fez três coisas durante a vida. Abanou crianças em varandas, brincou com macacos no quintal e inventou uma nova maneira de andar. Não necessariamente nesta mesma ordem. E enquanto isso, nós gozávamos com ele. Depois o homem morre, decrépito e já passado do prazo de validade, e nós choramos a vê-lo dançar em ensaios gravados. Os únicos ensaios que me fizeram chorar foram os mostrados durante o “Dança Comigo” da RTP. E porque não tinha pilhas para o comando. Paguem bilhete para isto, força. Pode ser que, com esta crescente indústria do cinema pós-mortum, o desenterrem para uma sequela.