EDITORIAL SEBASTIÃO B. PESSOA/NC – Meus republicanos e monárquicos leitores, estou triste e vocês também deveriam estar. Há dias, o movimento dos 31 Armada foi roubar a bandeira do município de Lisboa aos paços do mesmo, e não me interessa o que lá colocou no lugar, que até podia ter posto outras 3 iguais, que uma bandeira municipal nunca se rouba. E como se isso não bastasse, fê-lo vestido como um herói americano, então não temos heróis portugueses? Eles não podiam ir de D. Afonso Henriques, de Pedro Álvares Cabral ou até de Gil, essa grande mascote que recebeu tantas nações nos seus braços e algumas ilhas na sua popa? Mas o que mais me dói, o pior, é que puseram a bandeira a lavar e a engomar na 5 à Sec!
Isso foi o maior vilipêndio que o estandarte poderia ter sofrido e eu estava tão disposto a evitá-lo que, se tivessem falado comigo, eu até teria oferecido a minha mãe ou a minha mulher para lavarem a bandeira. Mas com isto, ao menos, a Câmara Municipal de Lisboa aprendeu uma grande lição: mesmo sem a privatização de uma parte da limpeza da cidade esta continua a não funcionar! E este é o resultado, um grupo de cidadãos teve de perder horas de sono e sair de madrugada, porque tem o seu trabalho durante o dia, e pegar na bandeira para que ela visse um pouco de água e sabão. Isto é que é ser patriótico, não fosse a mancha que a lavandaria que escolheram pôs nesta história e a máscara e o roubo e não me terem chamado porque eu também queria ter entrado nesta cena do próximo filme de Pedro Santana Lopes. Isso é indesmentível!