Economia, Quentes e Boas

Face à desvalorização do Euro, a UE adopta o Cigarro como unidade monetária

os “novos ricos” são agora os “novos fumadores”

DESTROCA-ME/GF – Com o Euro em queda abrupta nos principais mercados mundiais, a União Europeia encontrou a solução para o comércio em espaço Europeu: fazer como os reclusos e usar cigarros.
Com o preço do tabaco a subir e o valor do Euro a descer, não falta muito para que ambos se cruzem nas tabelas de valores, crescendo a possibilidade da moeda única poder vir a deixar de ser “redonda e ferrugenta” para ser “cilíndrica e tóxica”. “Analisámos várias opções de recurso em reuniões mas só quando estava a ver um episódio de Prison Break é que me lembrei de usarmos cigarros como os prisioneiros fazem” disse Jean-Claude Trichet, Presidente do Banco Central Europeu e fã dos olhos azuis de Michael Scofield. Ao saber-se desta novidade, Márcio Carrasco, arrumador de automóveis na Avenida dos Aliados, que há anos que pede “um cigarrinho” e não “uma moedinha”, foi considerado um visionário e tornado o novo especialista de Economia da RTP. Para os europeus que não fumem, o Banco Central Europeu já comunicou que “Cromos da Caderneta do Mundial” também servirão de unidade de troca.

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Portugal, Quentes e Boas

SMS de Vara sobre Moura Guedes queria dizer “Socras, quando voltares traz-me um maço de tabaco”

ex-MINISTRO TAMBÉM COMUNICAVA ATRAVÉS DE CÓDIGO MORSE

BAR(A)CODE/AA – Mal soube que estava a ser escutado, Armando Vara começou a falar em código com José Sócrates. O amigo pessoal do primeiro-ministro passou a usar expressões como “a operação era para tomar conta da TVI” em vez de “à noite traz vinho, que acabou”.
Arguido no “Face Oculta”, Armando Vara destacou-se quando os envolvidos no processo perceberam que tinham de despistar a PJ para poderem assar umas febras sossegados – foi ele quem criou uma lista de frases a utilizar nessas ocasiões. “Viste a entrevista da bruxa?”, por exemplo, significava “Já agora, passa pela padaria e traz dois cacetinhos”; “A password é socrates2009” correspondia a “Se não for mais nada, há cerveja”; e o SMS “Manuela não apresenta mais o jornal” era enviado quando Vara já não tinha SG Ventil. Socras, assim baptizado na campanha do PS, desabafou junto de um colaborador: “Se eu soubesse que ia dar nisto, não lhe comprava tabaco nenhum! Ficava no meu cantinho a tentar controlar a Tê…hã… olha lá, já bebia uma palavra-passe!”.

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Quentes e Boas, Vida

“Mancha negra” do atlântico atinge público do último dia de Rock In Rio

o processo de limpeza desta maré negra será iniciado com um “encore” dos DZRT no palco principal do evento

FADE TO BLACK/GF – O acidente ambiental que ocorreu numa plataforma petrolífera no centro do atlântico, espalhando crude do Louisiana ao Brasil, atingiu ontem o parque da Bela Vista, deixando todo o público do último dia do Rock In Rio em tons de negro.
“Não sabemos bem o que aconteceu. Num momento está a Miley Cirus em palco e uma data de criançada a correr de um lado para o outro quando de repente, entrou uma maré negra pelas portas e ficou tudo negro.” disse Norberta Gestrudes, uma cabeleireira de Chelas que levou as duas filhas ao Rock In Rio mas não saiu a tempo e ficou presa numa moche de “MotorHead”. A uma velocidade incrível o “negrume” espalhou-se pelo recinto e milhares de pessoas julgaram que o mundo tinha ficado a preto e branco. Obama já se dirigiu oficialmente a Portugal dizendo que “ajudará no que for preciso e conseguir para limpar a maré negra” mas António Freitas do programa “Hypertensão” respondeu “este crude ninguém limpa!” finalizando a resposta com um som gutural a fazer lembrar um portentoso arroto.

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Destaque, Futebol & Lantejoulas

Ganhando aos Camarões, teremos vuvuzelas rosa prontas a soprar

FUTEBOL & LANTEJOULAS, OPINIÃO/MS. O mundo do futebol em geral e do desporto em particular, todas as semanas com Francis e Clarinha.
– Francis, nesta fase só dá mundial, não é?
– Menina, já não posso com transferências virtuais e ficcionadas.
– Com excepção para Mourinho.
– Com excepção para Mourinho.
– Foi o que pensei. É mesmo especial.
– E é. A menina já viu as mudanças de visual ao longo dos triunfos? É de ficar zonzo. Eu ía jurar que ele nos últimos tempos em Milão, era saído do Polvo!
– Corrado Cattani all over again, bem visto, Francis!
– A menina não acredita, mas eu sou de Olhão. Sabe que mais invejo a Mourinho? Poder levar quem quiser consigo. Ai, menina, o que eu gostava de poder dizer “Milito, o menino agora vem comigo.”
– Um luxo, Francis, um luxo. E por falar em luxo, que me diz da selecção.
– Menina, isso não é um luxo. É um quase lixo.
– Francis!
– Desculpe, amo todos de paixão, mas não é a que eu tinha escolhido. Já sei que me vai dizer: é por isso que não sou eu o seleccionador. Mas havia gente mais bonita para levar à África do Sul, pronto. Mas são aqueles, são aqueles.
– Está enervado por causa do jogo de Cabo Verde, já percebi. Sossegue, o dos Camarões há-de correr melhor.
– Pois sim… para os Camarões!
– Não seja neura, olhe o susto que já apanhámos com o Pepe.
– Ainda hoje não me habituei ao tufo que tem na cabeça.
– Não falo disso, Francis. A lesão…
– Ah, tem razão. Vi o caso mal parado.
– E o Pepe é um português que nos faz muita falta.
– Se faz!
– Já espreitou o nosso miúdo Ronaldo?

Fosse Eto'o destes, e estava garantida a "abadinha"

– Já sim, é o que me consola. Olhar para aquele cabelo cortadinho para o Verão que aí vem.
– Já está mais animado?
– Já, a menina sabe como animar este cansado coração.
– Olhe uma coisa que me ocorreu ahora mismo: Maradona já comprometeu as aspirações da Argentina.
– Sim, quem quer ver nú Maradona já viu, certamente. O mundo está em crise, não precisa de mais essa desgraça. Adiante, preocupemo-nos com os nossos.
– Esse é o espírito!
– Eu sou muito espirituoso!
– E a vuvuzela, tem-na a postos?
– Sempre, menina!
– Vamos ensaiar para o jogo com Eto’o et ses amis?
– Vamos, sim! Até ao fim do mundial!
– Isso talvez seja excessivo, Francis.
– Menina, eu ou sou português a tempo inteiro, ou a tempo nenhum. Não há cá part-time no mundial!

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Economia, Quentes e Boas

OPA: Padeira de Aljubarrota admite entrar no capital da PT para evitar domínio da Telefónica

SÓCRATES JÁ AVISOU ESPANHA: “NION HAN DE METIER LAS UÑIAS NIA PT, NIEM QUI LA VIACA TIUSSA, PIÁ!”

OLIVENÇA/RJC – A empresa espanhola Telefónica está a equacionar lançar uma OPA hostil sobre a PT, naquela que foi considerada a ofensiva mais violenta do país vizinho sobre Portugal desde que o Quique Flores levou a Orsi Feher para Madrid. O Indesmentível apurou que a PT está a defender-se… atacando! Para o efeito, Brites de Almeida, a célebre padeira de Aljubarrota, foi convidada pela PT para integrar a capital da empresa portuguesa. A sua missão é muito simples: atrair administradores da Telefónica a Lisboa, montar uma armadilha com caramelos, café português e um altar a José Mourinho, e, apanhando-os desprevenidos, aplicar uma série de vergastadas no seu lombo castelhano com a mítica pá de padeira. Por outro lado, Ricardo Espírito Santo, Presidente do BES – accionista da PT – liga de cinco em cinco minutos para o Rei de Espanha, seu amigo de infância, com o som de três vuvuzelas a interpretar a discografia completa dos Broa de Mel como música de fundo, que é para aprenderem.

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Quentes e Boas, Vida

Aumento no preço dos transportes obriga portugueses a usarem teletransporte do Star Trek

DR. SPOCK SERÁ CARA DE CAMPANHA: “QUANDO VOU À BRANDÔA, USO TELETRANSPORTE.”

DR. SPOCK/RJC – O aumento no preço dos transportes públicos deixou os portugueses à beira de um ataque de nervos. Muitos estão em pânico por ter de apanhar um táxi em Lisboa, por exemplo – especialistas defendem que é mais seguro caminhar por uma estrada repleta de minas enquanto se faz malabarismo com cocktails molotov. São cada vez mais os utentes que optam por meios de transporte mais em conta como o teletransporte Star Trek, se bem que não é uma solução do agrado de todos, como nos confidenciou uma senhora que costuma bater palmas no programa do João Kleber: “Preferia o sistema antigo: é verdade que quando ia da Amadora para o Marquês de Pombal tinha de me levantar às 3:30 da manhã, apanhar dois autocarros, um ferry, o foguetão do Tintim, o comboio, um cessna e ser carregada por dois escravos. O teletransporte, pronto… pode ser mais rápido, mas isto de andar através do Star Trek causa-me muito transtorno: fico com pele de galinha e uma comichão na garganta muito chata!”

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Luisinha dixit

Luisinha e as despedidas de solteira

Tomando um vodka tónico com Clarinha, a mesma aqui do Indesmentível, avistamos o pior grupo que pulula na noite: uma despedida de solteiras. Ai, poupem-me. Não falo de um grupo de amigas que saiu civilizadamente. Tive uma despedida de solteira, duas de casada e uma de divorciada. Nunca precisei de o gritar ao mundo com falos sabe-se lá de que tamanhos e utilizações, preservativos na lapela, ou orelhas de coelhinha. Avistámo-las e quisemos fugir. Depois de um primeiro momento de pânico decidimos apreciar o momento.
A noiva, ao meio, usava na cabeça o maior preservativo do mundo. Acho bem: há neurónios que não devem poder escapar para a vida cá fora. Espero que ela lhe tenha dado um nó e deite fora no fim da noite. Dirigiu-se a nós e pediu-me lume. Olho para ela: engraçadinha, dentro do género saloio, está arranjada, unhas brilhantes e desconhece o khol, aposto. Traz os olhos besuntados de uma pasta azul. Fere-me os olhos e não consigo abstrair-me do contraceptivo gigante que tem a fazer de chapéu. Não prolongo a agonia. “Não querida, só tenho um vício: a menos que as folhas de tabaco se possam beber on the rocks, o tabaco não está incluído.”

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Destaque, Quentes e Boas, Vida

Com 200 milhões de dívidas de condomínio, portugueses passam a conhecer os vizinhos

Há males que vêm por bens

CONDOMÍNIO/MC – “Dantes não conhecia ninguém no meu prédio, agora até os conheço pelo montante da dívida”, disse um vizinho com uma caçadeira ao nosso jornal. “No meu prédio já toda a gente se cumprimenta de manhã nas escadas”, adiantou-nos este vizinho enquanto impedia “mais um caloteiro” de entrar em casa, “ainda hoje de manhã encontrei o meu vizinho dos 900 euros e disse-lhe: bom dia vizinho, assim com a caçadeira, e ele respondeu-me logo com 50 euros. Precisava do carro da garagem para ir trabalhar…” Apesar desta situação causar muitos problemas entre vizinhos, há quem veja o lado positivo. “Foi uma maneira de as pessoas se começarem a conhecer mais intimamente”, diz-nos Alberta Linguaruda, “até já dizemos uns aos outros quais os nossos rendimentos, bens e fetiches sexuais. Quer dizer, isto dos fetiches, sou eu que sei…” Esta situação tem tendência para continuar e os analistas prevêem que em breve vão acabar todos a fazer sardinhadas no hall de entrada.

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Cidade a Tossir

OS ONANISTAS

Com tantos quilómetros de voo, já pouco restava que pudesse surpreender o pombo Benjamim. Pelo menos, era o que ele pensava. Pensava mal. E isto foi precisamente o que ele pensou quando deu por si no meio de uma feira de onanistas. Havia deles para todos os gostos. Os solitários, faziam carantonhas feias enquanto se imaginavam enrolados nas suas luxuriantes fantasias. Esfregavam o membro com violência, a ver se de lá vinha alguém que lhes fizesse companhia. E vinha. Alguns, mais vaidosos, chegavam a ejacular espermatozóides autografados (cf. Eduardo Mazo). Outros, mais humildes, limitavam-se a disfarçar com astúcia os vestígios da sua momentânea satisfação. Era como se tivessem vergonha de ser apanhados com a mão na botija. Elas, de dedos em garfo, estimulavam o berlinde à procura do consolo que nenhum reconhecimento satisfaria. Eles, de mão em binóculo, exercitavam os músculos do punho com a fúria desesperada de quem já não encontra prazer senão num amor-próprio radical. Porque, no fundo, o que os onanistas procuravam era uma ilusão: o sentirem-se amados, nem que por brevíssimos instantes (e por apenas eles próprios). Há quem chame vaidade a esta tendência, mas a vaidade é outra coisa. A vaidade é a gente vir-se convencidos de que mais ninguém se vem como nós. No onanista, este convencimento foi superado por uma espécie de auto-convencimento que, mesmo assim, não prescinde da mão alheia. Por isso mesmo, confirmou o pombo, havia muitos onanistas naquela feira que se socorriam das mãos disponíveis – e, nestas coisas, como sabemos, haverá sempre alguém disposto a dar uma mãozinha – para alcançarem o gozo da masturbação assistida. Benjamim lembrou-se logo de Pascal, alma doutorada em assuntos de amor-próprio que resumia o problema com inquestionável sabedoria: «Ninguém fala de nós na nossa presença como fala na nossa ausência». No fundo, é a prática na qual esta regra se fundamente que forma e justifica a existência dos onanistas, mesmo quando eles resolvem juntar-se numa orgia, ou numa feira, de masturbação assistida. Resta saber, e isso nem Benjamim logrou descortinar, como se masturba um pombo. Quem souber, que dê uma mãozinha.

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